Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.[1]
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.[2] Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos EUA, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.[3][4]
A guerra terminou com a vitória dos Aliados em 1945, alterando significativamente o alinhamento político e a estrutura social mundial. Enquanto a Organização das Nações Unidas era estabelecida para estimular a cooperação global e evitar futuros conflitos, a União Soviética e os Estados Unidos emergiam como superpotências rivais, preparando o terreno para uma Guerra Fria que se estenderia pelos próximos quarenta e seis anos. Nesse ínterim, a aceitação do princípio de autodeterminação acelerou movimentos de descolonização na Ásia e na África, enquanto a Europa ocidental dava início a um movimento de recuperação econômica e integração política.

Causas
A Segunda guerra mundial pode ser entendida a partir das relações internacionais, do imperialismo, do crescimento do nacionalismo e do desenvolvimento da indústria bélica. Com a crise mundial de 1929, o nacionalismo cresceu, bem como a extrema direita (os regimes totalitários).
Política expansionista
Na Alemanha, com a implantação do III Reich, o Tratado de Versalhes foi desrespeitado, levando a reorganização das Forças Armadas e ao desenvolvimento da produção de armamentos. Iniciava-se então a política de expansão territorial – proclamando a necessidade de que toda a raça germânica (considerada a superior).

A expansão alemã iniciou-se em 1938 com o Anschluss, ou seja, a união da Áustria e da Alemanha. Em seguida foi anexada a região dos Sudetos ( Tchecoslováquia ). A ocupação da região foi aprovada pela Conferência de Munique ( Alemanha, Itália, França e Inglaterra). Em 1939 a Alemanha realiza um acordo com Itália e Japão – surgindo assim o EIXO ( Roma, Berlim, Tóquio).
Já o governo fascista da Itália conquistou a Abissínia (Etiópia) e a Albânia.
No extremo oriente, o Japão anexava a Manchúria e outras regiões da China
Política de apaziguamento
Enquanto os países do EIXO realizavam a expansão territorial, e colocando em risco a paz mundial, a Liga das Nações, a França e Inglaterra limitavam-se à pequenas reprimendas – procurando evitar a guerra. No entanto, a ausência de medidas mais duras só contribuíam para o fortalecimento do EIXO.
Política de neutralidadePostura internacional adotada pelos Estados Unidos da América – muito mais preocupados em solucionar os efeitos internos da crise de 1929 – que não interferiram nas relações políticas da Europa até a guerra começar.
Política de isolamentoA União Soviética encontrava-se isolada nas relações- e decisões – políticas, pelo fato do regime comunista, imposto desde 1917. A URSS ainda acreditava que a política do apaziguamento servia para jogar a Alemanha contra ela ( exemplificada na Conferência de Munique ).

Procurando romper seu isolamento a URSS assinou um pacto de não-agressão com a Alemanha. Este pacto, denominado Ribbentrop-Molotov, atendia aos interesses da URSS, livrando-a ( inicialmente) de uma agressão alemã e conseguindo maior tempo para se preparar; beneficiava a Alemanha que evitava uma guerra em duas frentes (oriental e ocidental).

Porém, tanto comunistas quanto nazistas sabiam que o tratado teria curta duração. Garantida a neutralidade da URSS a Alemanha, em 1Š de setembro de 1939 invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra.
A Guerra civil espanhola
Um outro fator da Segunda Guerra foi a Guerra civil espanhola(1936-1939), envolvendo fascistas espanhóis e republicanos. As tensões iniciaram-se em 1931 com a abdicação do rei Afonso XIII, em virtude das pressões sociais, que exigiam uma república. Com a abdicação, instalou-se uma república de caráter liberal.

A nascente república espanhola passa por graves problemas políticos – reação da antiga elite dominante, anticlericalismo acentuado, autonomismo regionais (como o caso do País Basco e Catalunha) e crescimento dos movimentos populares. Neste contexto surge um grupo conservador, de extrema direita, com aspectos fascistas – a Falange.

Nas eleições de 1936, a Frente Popular – frente anti-fascista composta por liberais, socialistas, anarquistas e comunistas – venceu e procurou efetivar um conjunto de reformas sociais. Em 18 de julho do mesmo ano, o general Francisco Franco iniciou uma revolta contra a república. Contou com o apóio da Falange, dos latifundiários, da Igreja e da classe média urbana.

A Guerra civil espanhola foi extremamente violenta e contou com a participação internacional. A Frente Popular recebe apoio da União Soviética e da Brigadas Internacionais (compostas por pessoas de diversos países); já a Falange conta com o apóio da Alemanha, Itália e Portugal. A ajuda da Itália e Alemanha foi decisiva para a vitória de Franco, iniciando-se na Espanha um Estado de características fascista- o Franquismo.
Fases da guerraA primeira fase da guerra foi marcada pela vitória do EIXO – de 1939 a 1941. A Alemanha adotou a Blitzkrieg – “guerra-relâmpago”- tática de operação combinanda (naval,aérea e terrestre).

A Alemanha ocupou a Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda, Bélgica e França. A França, após a invasão, ficou dividida em duas áreas: uma zona de ocupação pelos nazistas e uma zona “livre”- governada pelos simpatizantes do nazismo. Em agosto de 1940 iniciou-se o ataque a Grã-Bretanha, neutralizada pela ação da RAF (força aérea britânica).

Em 1941 o EIXO recebeu apoio da Hungria, Romênia e Bulgária, houve a ocupação da Iugoslávia e da Grécia. No mesmo ano houve o desembarque da Afrikakorps (comandada por Rommel) com o objetivo de conquistar o canal de Suez. Entre os anos de 1941 a 1943 houve um período de equilíbrio entre as forças na guerra. Em junho de 1941 a Alemanha deu início à Operação Barbarossa – a invasão da União Soviética. A ofensiva nazista, inicialmente, foi vitoriosa.
Em dezembro de 1941, o Japão durante seu expansionismo pela Ásia, atacou Pearl Habor – fato que marca a entrada dos EUA no conflito.Entre 1943 e 1945 a guerra é marcada pela vitória das forças contrárias ao EIXO.

A Batalha de Stalingrado, vencida pelos comunistas, marca o início da derrocada dos nazistas; em 1944 inicia-se a Operação Overlord (Dia D) e o desembarque dos aliados na Normandia. A Itália já havia se retirado do conflito em julho de 1943. O Japão cede em 1945 após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagazaki.
As consequências da guerraA Segunda Guerra provocou um desenvolvimento da indústria bélica e um grande número de mortes: a União Soviética teve 20 milhões de mortos; 6 milhões de alemães; 1,2 milhões de mortos japoneses; e o extermínio de judeus, nos campos de concentração chegou a cerca de 7 milhões de vítimas.

Outra consequência foi a reunião dos aliados e da União Soviética, procurando reorganizar o mapa político alterado pela guerra. As conferências e suas principais decisões foram:
Conferência do Cairo- Realizada ainda durante a guerra (1943), reuniu Churchill (Grã-Bretanha), Roosevelt (EUA) e Chang Kai-chek (China) que discutiram o mapa da Ásia – alterado pelo Japão.

Conferência de Teerã- Dezembro de 1943 que reuniu Churchill, Roosevelt e Stalin (União Soviética). Selaram a decisão do Dia D , formularam a criação de organismo internacional para preservar a paz mundial e decidiram dividir a Alemanha em zonqas de influência.
Conferência de Ialta- Com a participação de Churchill, Roosevelt e Stalin que confirmaram a divisão da Alemanha e dividiram a Coréia em zonas de influência: o Sul controlado pelos EUA e o Norte pela União Soviética.
Conferência de Potsdam- Participação de Clement Attlee (Grã-Bretanha), Harry Truman (EUA) e Stalin. Efetivou a divisão da Alemanha em zonas de influência, a criação de um tribunal para julgar os crimes nazistas (Tribunal de Nuremberg) e estipulado uma indenização de 20 bilhões de doláres à Inglaterra, URSS, França e EUA.
Outras conseqüências:
A criação da ONU; O Plano Marshall, plano de ajuda econômica dos EUA para recuperar a economia européia. A nação que quisesse receber a ajuda deveria combater- internamente-o avanço das idéias comunistas;
A Guerra Fria, um conflito ideológico entre o capitalismo- sob a liderança dos EUA – e o comunismo, liderado pela União Soviética. A Guerra Fria foi inaugurada pela Doutrina Truman, que justificava uma intervenção militar para evitar que os comunistas chegassem ao poder em qualquer país.

Por conta guerra fria foi criada, em 1949, a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e em 1955 firmado o Pacto de Varsóvia- bloco militar dos países comunistas. O primeiro conflito da Guerra Fria foi a Guerra da Coréia (1950/53) quando a URSS ajudou a Coréia do Norte a invadir a Coréia do Sul, auxiliada pelos EUA.


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Primeira Guerra Mundial

Conflito armado que começa em 1914 como uma disputa local entre o Império Austro-Húngaro e a Sérvia, estende-se às potências imperialistas da Europa e atinge o mundo inteiro. O estopim é o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando (1863-1914), herdeiro do trono austríaco, em Sarajevo (atual Bósnia-Herzegóvina). A guerra termina em 1918, causando a morte de mais de 8 milhões de soldados e 6,5 milhões de civis.

Primeira Guerra Mundial

Confrontam-se dois grupos de países organizados em pactos antagônicos: a Tríplice Aliança, liderada pela Alemanha, e a Tríplice Entente, que vence a guerra, encabeçada pela França. A Europa perde sua posição na liderança planetária para os Estados Unidos (EUA), que assumem o comando das negociações mundiais e passam a ser o centro de poder do capitalismo. A reorganização do cenário político no continente europeu e as condições impostas pelo Tratado de Versalhes ao perdedor, a Alemanha, levam à II Guerra Mundial. O mundo do pós-guerra assiste também à implantação do primeiro Estado socialista, a União Sovética (URSS).

Antecedentes – O choque de interesses imperialistas das nações européias, aliado ao espírito nacionalista emergente, é o principal motivo do conflito. No começo do século XX, a Alemanha se torna o país mais poderoso da Europa Continental após a Guerra Franco-Prussiana (1870) e a arrancada industrial propiciada pela unificação do país em 1871. A nova potência ameaça os interesses econômicos do Reino Unido e os político-militares da Rússia e da França. As diferenças entre França e Alemanha são acirradas pela disputa do Marrocos. Em 1906, ele é cedido à França por um acordo.

A anexação da Bósnia-Herzegóvina pelos austríacos em 1908 causa a explosão do nacionalismo sérvio, apoiado pela Rússia. Outros enfrentamentos, dessa vez entre Sérvia e Áustria após as Guerras Balcânicas, aumentam a tensão pré-bélica. Esses conflitos de interesse levam à criação de dois sistemas rivais de alianças. Em 1879, a Alemanha firma com o Império Austro-Húngaro um acordo contra a Rússia. Três anos depois, a Itália, rival da França no Mediterrâneo, alia-se aos dois países, constituindo a Tríplice Aliança. A Tríplice Entente tem origem na Entente Cordiale, formada em 1904 pelo Reino Unido e pela França para se opor ao expansionismo germânico. Em 1907 conquista a adesão da Rússia.

O mundo em guerra – Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, sucessor do Império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados durante visita a Sarajevo, na Bósnia-Herzegóvina, pelo estudante anarquista sérvio Gravilo Princip. Confirmada a cumplicidade de políticos da Sérvia no atentado, o governo austríaco envia em julho um ultimato ao governo sérvio. Exige, entre outras medidas, a demissão de ministros suspeitos de envolvimento com os terroristas. Como a Sérvia reluta em atender às exigências, o país é invadido pelos austríacos em 1º de agosto.

O complexo sistema de alianças que impera no continente conduz outros países europeus ao conflito. A Rússia declara guerra à Áustria, e a Alemanha se junta às nações contra a Rússia. A França, ligada aos russos, mobiliza tropas contra os alemães. No dia 3 de agosto de 1914, o mundo está em guerra. Outras nações tomam parte dela em seguida: o Reino Unido alia-se à França; a Turquia, do lado dos alemães, ataca os portos russos no mar Negro; e o Japão, interessado nos domínios germânicos no Extremo Oriente, engrossa o bloco contra a Alemanha.

Ao lado da Entente entram outras 24 nações, estabelecendo uma ampla coalizão, conhecida como os países Aliados. Já a Alemanha recebe a adesão do Império Turco-Otomano, rival da Rússia e da Bulgária, movida pelos interesses nos Bálcãs. A Itália, embora pertencente à Tríplice Aliança, fica neutra no início, mas troca de lado em 1915, sob promessa de receber parte dos territórios turco e austríaco. Na frente ocidental, a guerra entre França e Alemanha não tem vitoriosos até 1918. Na frente oriental, os alemães abatem o Exército da Rússia.

Já fragilizado pela derrota na Guerra Russo-Japonesa, o povo russo atinge o ponto máximo de insatisfação com o conflito, o que gera condições favoráveis para a Revolução Russa. Com a derrota militar russa consumada e o risco de a Alemanha avançar pela frente oriental e atacar a França, os EUA entram na guerra e decidem o confronto. O objetivo do país na luta é preservar o equilíbrio de poder na Europa e evitar uma possível hegemonia alemã.

A paz – Em julho de 1918, forças inglesas, francesas e norte-americanas lançam um ataque definitivo. A guerra está praticamente vencida. Turquia, Áustria e Bulgária rendem-se. Os bolcheviques, que com a queda do czar russo assumem o poder após dois governos provisórios, já haviam assinado a paz em separado com a Alemanha, em março, pelo Tratado de Brest-Litovsk. A fome e a saúde precária da população alemã levam o país à beira de uma revolução social. Com a renúncia do kaiser, exigida pelos EUA, um conselho provisório socialista negocia a rendição. Em 28 de junho de 1919 é assinado o Tratado de Versalhes, que põe fim à guerra.


Antecedentes:
  • Disputas coloniais pela África em busca de matéria prima
  • Entrada tardia da Itália e Alemanha na partilha colonial
  • Disputas por mercados consumidores
  • Belicismo (corrida armamentista)
  • Enfraquecimento do império Turco
  • Guerra da Crimeia
  • Política de alianças
  • Assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando (estopim)
A Guerra:  Blocos envolvidos
 - Tríplice Aliança-> Turquia, Alemanha, Áustria, (Itália)
- Tríplice Entente-> Inglaterra, França, EUA(1917) e Itália
Principais características e acontecimentos:  

Inicialmente uma guerra em três frentes 1914  (1ª Fase)        

Ocidental- Onde Alemães combatem franceses                   
Oriental- onde os alemães combatem os russos
Bálcãs- Austríacos contra sérvios
  • Turquia  entram na guerra em buscas de ilhas no mediterrâneo contra a Rússia
  • Japão entra na Guerra objetivando colônias alemãs no pacifico
  • Invasão da Bélgica pela Alemanha objetivando a França
  • Guerra de movimentos rápidos com avanços principalmente da tríplice aliança
  • Os Alemães são detidos na Frente Russa e na França
1915 a 1916 (2ª Fase)
Tem início a guerra de trincheiras onde os avanços são poucos e as mortes são muitas
Utilização em larga escala de tanques e metralhadoras
Bombardeamento por parte da aviação de cidades e tropas
Estados Unidos e Brasil declaram oficialmente sua neutralidade
As potencias centrais começam a se enfraquecer por falta de reabastecimento
1917 a 1918 (3ª Fase)
  • Os alemães começam a se utilizar gases tóxicos nas batalhas
  • Recrudesce a guerra submarina alemã
  • A  Itália é derrota e detida pelos austríacos
  • Navios dos Estados Unidos e do Brasil são torpedeados
  • Estados Unidos declara guerra a tríplice aliança e desequilibra o conflito
  • Brasil declara guerra a  tríplice aliança e manda equipe médica
  • A Rússia sai do conflito (tratado de Brest-Litovisk)
  • A tríplice aliança passa a sofrer varias derrotas não resistindo mais à superioridade inimiga se rende
Conseqüências:
Assinatura do tratado de Versalhes onde a Alemanha é tremendamente humilhada
Novo surto de industrialização no Brasil
Os Estados Unidos tornam-se a 1ª potencia mundial
A revolução russa
Decadência econômica européia
Surgimento de regimes Titatoriais por todo o mundo
Revanchismo alemão
Ressentimento italiano
Nova corrida armamentista
2ª Guerra mundial
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Sem a Guerra Fria teríamos tecnologia ?

Guerra e Ciência
A corrida tecnológica - como a Guerra Fria impulsionou a ciência

Era março de 1946. O mundo ainda se recuperava da Segunda Guerra Mundial. Winston Churchill, recém-saído do cargo de primeiro ministro britânico, discursava em Fulton, Estados Unidos: "Desceu uma cortina de ferro que corta o nosso continente". Com virulência, Churchill atacava o comunismo em resposta a outro discurso, o de Stalin, que por sua vez considerava o capitalismo uma ameaça à paz mundial. Estava deflagrada uma guerra jamais declarada oficialmente mas que, durante quase cinqüenta anos, dividiria o mundo em dois blocos e que em vários momentos ameaçou exterminar a humanidade: a Guerra Fria.

Mas essa mesma tensão gerada pela queda de braço entre capitalistas e comunistas também impulsionaria a ciência e a tecnologia de um modo jamais visto durante toda a história humana. Testemunhas da importância do conhecimento científico na Segunda Guerra, Estados Unidos e União Soviética sabiam que não poderiam prescindir desse poder que auxiliou a máquina de guerra nazista e que foi fundamental na criação da bomba atômica. Entretanto, não só a indústria bélica foi beneficiada. O computador que você tem agora à sua frente; a Internet, rede em que esta reportagem foi publicada; o seu relógio digital e até a viagem do homem à Lua são, de certa forma, frutos dessa Guerra. Tecnologias das mais variadas áreas foram influenciadas por ela.

Sem a ameaça do bloco adversário, o desenvolvimento de satélites e foguetes se daria em outro ritmo. Há quem acredite que sem a constante sombra do Kremlin, os Estados Unidos sequer se interessariam pelo desenvolvimento de foguetes. Isso porque muitos militares do alto escalão americano acreditavam que os aviões bombardeiros eram o transporte ideal da grande vedete do setor bélico: a bomba atômica (veja documento em site da CNN ). Deslumbrados pelo grande poder destrutivo da bomba, demonstrado em Hiroshima e Nagasaki, os militares concentrariam esforços, e dinheiro, no desenvolvimento de artefatos nucleares, deixando descobertos outros setores de pesquisa. Mas os avanços dos foguetes soviéticos não deixaram os EUA dormirem no ponto.

Os embates deram-se como numa partida de xadrez, em que cada movimento de um dos lados era seguido de uma resposta, quase que imediata, do oponente. O primeiro lance foi dos Estados Unidos, que já em 1946 fez um teste nuclear no Atol de Bikini, no Pacífico. A repercussão mundial levou o estilista francês Jaques Heim a batizar seu maiô de duas peças com o nome do atol. A URSS recebeu o recado e, em 1949, já testava o seu primeiro artefato nuclear.

O Minuteman foi o primeiro míssel balístico desenvolvido pelos EUA
Fonte:United States Strategic Forces
Na década de 50, a disputa ganha o espaço sideral com os soviéticos saindo na frente. Em agosto de 1957, eles lançam seu primeiro míssil balístico intercontinental, o R7. Provavam assim que poderiam atingir os Estados Unidos sem decolar um único avião nem deslocar tropas de seu país. Com a mesma tecnologia já eram capazes de colocar um objeto em órbita e foi o que fizeram dois meses depois. Em outubro daquele ano, o mesmo foguete levou o Sputnik, uma esfera pouco maior que uma bola de basquete que entrou em órbita espalhando um sinal intermitente pelo espaço, tornando-se o primeiro satélite artificial do mundo. Em dezembro de 1957, os EUA responderiam com o Minuteman, carro chefe de uma safra de mísseis intercontinentais desenvolvidos na América (Atlas, Titan e MX, este apelidado ironicamente de Peacekeeper, "o mantenedor da paz"). Mais irônico ainda é que o desenvolvimetno de mísseis balísticos dos dois blocos foi herança de um ex-inimigo comum: a Alemanha Nazista. Logo após o fim da Segunda Guerra, soviéticos e americanos cooptaram o que puderam dos espólios científicos da Alemanha Nazista. Entre cientistas, projetos e relatórios de pesquisa, aproveitou-se muita coisa do V2, o potente foguete com o qual Hitler atormentou os britânicos, lançando mais de 3 mil unidades em direção à Inglaterra durante a Guerra.

O foguete Apollo, desenvolvido pela Nasa, levou, pela primeira vez na história, o homem à Lua. Fonte: Nasa
Completando a primeira década da era espacial, uma das principais contribuições científicas da Guerra Fria viria em outubro de 1958 com a criação de uma das mais ilustres filhas do conflito: a NASA, a agência espacial norte-americana. Beneficiária do investimento americano na corrida espacial, a agência encabeçou os principais feitos espaciais do ocidente. Foi ela a responsável pelo projeto Apolo que levou o homem à Lua, em 1969; a resposta americana ao passeio, em 1961, de Yuri Gagarin, o primeiro homem a orbitar a Terra.



É também da NASA o primeiro satélite de comunicações do mundo, o Echo 1, que girou em volta de nosso planeta em 1960 repassando sinais entre duas estações de rádio no solo. Lançado em 16 de agosto, ele tinha capacidade para transmitir 12 ligações telefônicas simultâneas ou um canal de TV. Dois anos depois, a empresa AT&T lançava o Telstar, um satélite de comunicações que podia ampliar o sinal que recebia. E em 1964, os Jogos Olímpicos de Tóquio entraram para a história como os primeiros a serem transmitidos para o mundo via-satélite.
Os dois primeiros satélites de comunicações. À esq. o Echo 1, com capacidade para transmitir 12 ligações telefônicas simultâneas ou um canal de TV e á dir., o Telstar, que podia ampliar o sinal que recebia.
Fonte: Echo 1 - Nasa e Telstar - AT&T

Mas os satélites artificiais também teriam outra utilidade. Em 1960, os EUA lançaram o Corona, um satélite espião que retornou com fotos do território soviético tiradas de 160 mil metros de altura. Na época, ele foi rebatizado com o nome de Discoverer 14 e foi divulgado que se tratava de um aparelho científico para tentar dissimular seus objetivos militares. As futuras gerações do Corona lançariam cápsulas com filmes no ar, temendo uma possível captura do equipamento pelos soviéticos. As cápsulas eram então recolhidas em pleno ar por aviões. O advento das imagens digitais permitiu o envio imediato das imagens à terra, tornando os Coronas obsoletos. Os satélites atuais utilizados na agricultura, meteorologia e em diversas outras áreas devem muito à Guerra Fria que, investindo na espionagem, foi a maior incentivadora das tecnologias de sensoriamento remoto.


O primeiro transístor, desenvolvido em 1948, que substituiu as válvulas utilizadas nos computadores. Fonte: PBS, cortesia Lucent.
Até mesmo na revolução eletrônica, que se daria na segunda metade século XX, houve o dedo da desavença entre capitalistas e comunistas. Já em 1948, as enormes válvulas utilizadas nos computadores foram substituídas pelos transístores. Só que, com o aumento da complexidade dos circuitos e com a miniaturização cada vez maior dos equipamentos, tornava-se cada vez mais difícil fazer a conexão entre os transístores. A solução veio graças a milhões de dólares injetados pelo Departamento de Defesa americano em empresas de eletrônica com o objetivo de aumentar a precisão e a confiabilidade dos sistemas que guiavam armas como mísseis e torpedos (veja site da CNN).

Com a "ajudinha" do governo, Jack Kilby, da Texas Instruments, patenteou em 1958 uma invenção revolucionária: o circuito integrado. Todos os transístores ficavam conectados em uma única lâmina, ou chip, em inglês, componente hoje presente em relógios digitais, walkmans e até em estações espaciais. Em 1962, o chip de silício recebeu incentivo financeiro da Força Aérea americana, interessada em aprimorar o sistema de direcionamento de seus mísseis balísticos. Por volta de 1970, a Força Aérea já contava com chips em seus mísseis e o mundo com a base tecnológica para o surgimento do microcomputador pessoal que conhecemos hoje.

Foi o medo do holocausto nuclear que fez o mesmo Departamento de Defesa e sua Agência de Projetos Avançados de Pesquisa (ARPA, em inglês) criar uma rede de comunicação capaz de proteger informações em casos de guerra, a ARPANET, diz o jornalista e escritor Bruce Sterling. Interligando quatro universidades norte-americanas, a ARPANET estreou em 1968 com um conceito inusitado: dividir as informações enviadas em vários pacotes e fazer cada pedaço seguir um curso diferente. Assim, ainda que algum terminal ou linha fossem destruídos, a informação seria preservada e encontraria caminhos alternativos para chegar ao destino. Legítima descendente da ARPANET, a Internet que conhecemos hoje é também subproduto da Guerra Fria.

Entre as décadas de 70 e 80, outra invenção militar cairia nas graças dos cidadãos civis. Originalmente criado para orientar mísseis e guiar tropas por lugares ermos, o Sistema de Posicionamento Global (GPS, em inglês) é o resultado do investimento de 10 bilhões de dólares em uma constelação de 24 satélites. Comparando dados enviados pelos satélites e por bases terrestres, o aparelho, que pode ser do tamanho de um microcomputador de mão, fornece a latitude, longitude e altitude do usuário. Armas de última geração, como o míssil Tomahawk, utilizam o sistema para atingir seu alvo. Hoje, o GPS ajuda exploradores em terrenos selvagens, equipa embarcações, aviões e até carros de luxo nos quais, associado a mapas de ruas, guia motoristas fornecendo trajetos instantaneamente.

Outras invenções, apesar de terem surgido em indústrias bélicas, não nasceram com propósitos militares. Foi o caso prosaico do forno de microondas. Em 1946, Percy Spencer, cientista da Raytheon, fabricante de radares, percebeu que a barra de chocolate em seu bolso havia derretido depois que ele se aproximou de um magnetron - emissor de ondas magnéticas e coração de um radar militar. Graças a Spencer, em poucos meses a própria Raytheon já contava com um forno de microondas em sua cozinha. Em 1947, iniciou-se a comercialização do forno que, com 340 quilos e 1,70 metro de altura, só era utilizado em restaurantes e trens. Somente em 1955 o forno teria dimensões compatíveis com uma cozinha doméstica.

São tantas as invenções vindas da Guerra Fria que seriam necessárias várias páginas só para falar dos produtos da corrida espacial. Só para citar alguns: os aparelhos automáticos para medir pressão arterial encontrados nas portas das farmácias são a evolução de equipamentos desenvolvidos para astronautas, que precisavam de sistemas práticos para avaliar a saúde no espaço. A válvula de um novo tipo de coração artificial foi inspirada em uma bomba de combustível de foguetes. Marcapassos são monitorados graças à mesma tecnologia utilizada em satélites. E até a Fórmula 1, famosa por ser uma grande fonte de tecnologia, copiou dos trajes espaciais os macacões anti-chamas de seus pilotos. Detectores de fumaça e de vazamento de gás, tão comuns em construções hoje em dia, vieram de pesquisas de similares que equipam veículos espaciais. Também é graças ao espaço que os ortodontistas contam hoje com o Nitinol, uma liga que, por ser maleável e resistente, é muito empregada na fabricação de satélites e que agora também compõem os "araminhos" de muitos aparelhos ortodônticos. E até a asa-delta, quem diria, não foi invenção de esportistas mas de Francis Rogallo, projetista da NASA, que desenvolveu o aparato para guiar espaçonaves depois da reentrada na atmosfera. O inventor não imaginava que sua obra iria fazer muito mais sucesso como esporte, modalidade inaugurada na década de 70.

Tampouco Churchill imaginava que a Cortina de Ferro, que assombrou o mundo e quase acabou com o planeta, seria a motivadora de grande parte do avanço científico e tecnológico do século XX. E que a mesma ciência que continuaria desenvolvendo armas terríveis, também beneficiaria a humanidade com muitos de seus subprodutos.

Para saber mais:
Guerra Fria:
http://www.cnnemportugues.com/guerra.fria/
http://www.fas.harvard.edu/~hpcws/index_f.htm

Museu da Guerra Fria:
http://www.coldwar.org

História da Internet:
http://www.dei.isep.ipp.pt/docs/arpa--1.html
http://www.forthnet.gr/forthnet/isoc/short.history.of.internet

Nasa:
http://www.sti.nasa.gov/tto/shuttle.htm
http://www.sti.nasa.gov/tto/apollo.htm
Minuteman - primeiro míssel balístico intercontinetal dos EUA:
http://www.fas.org/nuke/guide/usa/icbm/lgm-30_1.htm
Satélite Telstar- primeiro satélite de telecomunicações do mundo:
http://www.att.com/history/history3.html

Satélite Corona - primeiro satélite espião do mundo:
http://www.cia.gov/cia/dst/showcase.html
História do Transístor:
http://www.pbs.org/transistor/teach/teacherguide_html/lesson2.html
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Publicidade e Propaganda Minha Paixão...

SER PUBLICITÁRIO É...
Publicitário de verdade tem sensibilidade de pintor pra perceber a melhor

combinação de cor e forma. E também habilidade de artesão para amarrar bem
as palavras. Ator
versátil, ele se transforma em cada consumidor com o qual
quer falar. Astúcia de advogado não lhe falta: é preciso defender bem suas
idéias porque certamente elas não vão agradar a todos. E o veredicto é sempre a
favor do cliente. Para ser publicitário é preciso sonhar como poeta e
racionalizar como executivo. Ser convincente como um vendedor e sedutor como
modelo. Arriscar como um operador da Bolsa e no dia seguinte ter a cautela de um
cirurgião, que não pode falhar.


Muitas vezes, é um atleta que corre contra o tempo. Caçador, mata um leão por
dia e se orgulha dos troféus apesar de ser presa fácil da inveja e da vaidade. O
bom publicitário sabe motivar como técnico e jogar como craque. Não é bombeiro,
mas apaga incêndios. Não é santo, mas faz milagres. Não é repentista, mas cria
na hora. Tem um quê de malabarista pra pular de agência em agência, sempre com
medo de cair na rede do desemprego. O publicitário, acima de tudo, é um
apaixonado por aquilo que faz
.






Publicitário não come, degusta o produto.
Publicitário não cheira, sente a fragrância.
Publicitário não toca, examina o design.
Publicitário não dá a resposta, cria outra pergunta.
Publicitário não conquista, persuade.
Publicitário não tem destino, tem target.
Publicitário não ouve barulho, ouve ruído.
Publicitário não fala, envia mensagem verbal.
Publicitário não procura endereço, procura praça.
Publicitário não escuta, decodifica a mensagem.
Publicitário não tem idéia, tem brain storm.
Publicitário não recebe resposta, recebe feedback.
Publicitário não tem memória, tem repertório.
Publicitário não lê, decifra o código textual.
Publicitário não pergunta, faz pesquisa.
Publicitário não ouve música, ouve trilha sonora.
Publicitário não tem lista, tem mailing.
Publicitário não copia, se inspira.
Publicitário não vê outdoor, vê mídia exterior.
Publicitário não dirige, faz test-drive.
Publicitário não estuda, absorve conhecimento.



eu amo a publicidade, eu amo ser publicitário eu amo ser comunicologo.

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Vinicius a nice guy !

Fala pessoal blz ?
Bom... To aqui pra falar um pouco de mim né
Me Chamo Vinícius ,tenho 22 anos , 1,78 de altura, 98Kg(ja cheguei a 118 LOL),pratico esportes como Jiu-Jitsu, Futebol, Paint ball,Musculação.
Sou músico também, Aprendi a tocar violão aos 14 anos sozinho, ja tive bandas de rock,mas não deram muito certo, mas a musica continua sendo a minha paixão

Sou católico e aprecio os grandes feitos de Jesus Cristo nosso Deus
sou um cara que gosta de muitas coisas nesse mundo, tenho uma visão bem ampla das coisas.

se quiser saber mais sobre mim de um Join e seja feliz : http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=7737772931981842649 , http://www.youtube.com/user/viniciusmfernandes41 

that's all Folks
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